quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Olá estanho.

Olá estranho,

Quanto tempo que não nos falamos. Estive sozinho e com medo por isso sumi, odeio essa sensação de que mais uma vez fui substituído por alguém ou algo que você acredita ser importante, de forma que acho, e tenho razão, quando digo que ninguém nunca poderá ocupar o espaço que preenchi na porra da sua vida...

Chego a pensar que esse silêncio e sentimento de ingratidão vai me tornar mais forte, mas a verdade é como me pai dizia, que pessoas são como árvores, e uma árvore é inderrubável não pelo seu tamanho, mas sim pela força de suas raízes, e minhas raízes estão sempre expostas. 

Você sabe, sou um péssimo ator, não engulo choro nem fingo estar tudo bem, por que pra mim é mais fácil escrachar o que sinto invés de negar minhas emoções.

Também sou péssimo perdedor, sempre estou rodeado de pessoas que me amam, mas como numa cena de cinema, no meio da festa a música fica mais baixa - a câmera lenta, estou no centro mas sinto que perdi algo anos atrás e não lembro o que foi, o filme para, o filme mostrou um futuro onde não soube lidar com sua perda. 

Eu sei que as vezes não tem o que se fazer, e nem vale a pena lamentar, o problema do efêmero é isso, algo tão perfeito como o amor que sentimos não foi feito pra durar, é uma bolha de sabão. 

E finalmente chegamos na única parte que te interessa, meu tom dramático em nada tem utilidade para você, você só quer resultados, e o resultado da nossa breve história é o inevitável fim, seguir em frente e o esperado planejado adeus. Essa é a única parte em que não sei me expressar bem, gostaria muito de dizer que vai ficar tudo bem, mas lembre se, sou um péssimo ator, queria dizer " Eu te perdoo, vamos esquecer os problemas", mas isso seria outra mentira.

Queria ser inderrubável como meu pai me criou para que eu fosse, mas entre eu e você não tem raízes pra sustentar essa relação, é como se você existisse apenas na minha mente, como se não fosse real, algo que eu cheguei a criar, e de fato é. 

Nunca te toquei, nem nunca te vi, apenas nos falamos, então por que isso é tão difícil? E por que minha atração a você é tão inevitável? O nosso ponto de ignição, o nosso primeiro "olá estranho!", a bússola que me orientava, o amor que você parecia corresponder, cada vez mais parece que foi uma ilusão que os deuses criaram pra me fazer de piada mais uma vez...
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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

ZOMBIE WAR PART I

1. A PISCINA   


Eu estava sozinho vivendo no meu apartamento em New York, a cidade do pecado, eu era um bruxo espírita licenciado, mas estava suspenso depois de um caso que não acabou muito bem, foi quando me ligaram e rapidamente fui contratado para investigar uma cidade qualquer no meio do Texas...

Quando cheguei lá, eu ainda estava de ressaca da noite anterior, o sol machucava meus olhos fazendo eu ter dores de cabeça, na mesma hora em que pus os pés na cidade eu fui cercado pelos moradores da cidade desesperados, falavam das aparições que os atormentavam a semanas, rezavam e gritavam palavras sobre seu Deus, nunca vi uma reação de pânico em massa tão grande. 

Eu fui levado para um hotel chamado Chaser Five que ficava a beira da estrada principal da cidade, estávamos em quatro, eu, o prefeito da cidade, seu delegado e dois detetives particulares; me foi entregue um relatório peculiarmente detalhado que os detetives fizeram sobre as aparições fantasmagóricas, sons do além, possessões e até desaparecimentos. Era como se a cidade fosse um pandemônio de tudo que já vivi durante meus anos de bruxaria.

Depois de ter finalmente me liberto de toda a burocracia e lamentos infindáveis, eu pude enfim respirar o ar da cidade e me situar um pouco, acendi meu cigarro e fui dar uma volta, visitei alguns lugares, parques, casas antigas, a mata, não haviam fantasmas lá, fantasmas são pessoas com rancores da vida passada e que não conseguem largar seus arrependimentos para iniciar uma nova vida.... Aqui o problema era diferente, cheirava diferente, um poder novo.

Voltei para o meu apartamento atordoado, pedi para que o prefeito me mostrasse onde aconteceram os casos de aparição, eram 19h e eu estava com fome, mas a ansiedade não me deixava pensar nisso. Assim que entrei na 1ª casa do primeiro caso eu tive um insight, eu fui atacado com vários flashes dentro da minha cabeça, luzes brancas e negras, me levaram para um lugar diferente, fiquei muito tonto, com minha persona cambaleando eu tentei seguir a linha desse plano astral..., mas não consegui.


Quando sai dessa casa, novamente os flashes agrediam minha cabeça, com tanta dor fechei os olhos e pressionei com os dedos fortemente contra minha têmpora esquerda, quando voltei a abrir meus olhos, eu já não estava na mesma cidade, era um lugar novo fora do plano astral, eu conseguia ouvir os moradores, mas não os enxergava, o que eu via era uma cidade rústica, acho que do século XVIII, um cenário tosco que lembrava aquelas cidades recriadas em feiras locais. Havia paragens, muitas carruagens levadas por seus cavalos, alguns Texas rangers, bandidos e xerifes, todos reunidos no mesmo lugar, era o clássico Texas.... Andei até a paragem mais próxima pois algo importante parecia acontecer dentro dela, quando cheguei na portela; um carro quase me atropelou no "outro lado", depois do susto eu prossegui a minha jornada; o que eu vi na paragem era impressionante. Algo parecido com uma piscina de gelo gigantesca e enterrada no chão estava no centro da paragem, e todos a sua volta cultuando como se fosse uma seita maluca, dentro da pedra eu pude ver várias pessoas enterradas, pareciam gemer de dor, e as que cultuavam iam sendo enterradas dentro da piscina de gelo, no topo da pedra quase não acreditei, havia um zumbi.
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sexta-feira, 3 de junho de 2016

CINCO HISTORIETAS part III (+18) creepypasta edition

A fada steampunk dos cigarros

       Não sabe-se exatamente quando ou onde começou a surgir essa lenda, alguns historiadores supõem que por volta da revolução industrial; ou da revolução francesa.
      Não se tem muitos dados sobre ela, sabemos apenas que ela surgiu junto com o advento da fumaça e da pólvora....

      A lenda da fada dos cigarros não é um conto que dizemos as crianças na hora de dormir, são mais conversas de bares ou boates, lugares onde a noite é entretenimento; pois bem, diz a lenda que num período muito obscuro da história, um maquinista estava trabalhando em uma grande fábrica têxtil, o que esse maquinista não esperava era que a fumaça que ele inalava diariamente misturado com seus cigarros baratos, iam desenvolver várias doenças crônicas nele, inclusive gerando mutações nos seu sêmen.

     Foi quando o maquinista engravidou sua esposa, porém ela perdeu o bebê durante o parto e acabou morrendo. Muitos contam que o feto era extremamente minúsculo e da cor negra como alcatrão, também dizem que, quando ela pariu saiu uma fumaça de suas entranhas, falavam que o feto apesar de minúsculo era totalmente desenvolvido.
     Muitas das estórias se confundem dependendo de quem conta, até já ouvi dizer que assim que o feto saiu ele flutuava na nuvem de fumaça.

     O maquinista muito revoltado pela perda, ateou fogo na fábrica em que trabalhava, e logo depois levou seu feto para casa num pote... Passaram se os dias, depressivo o maquinista tinha fumado naquela semana do funeral mais cigarros que fumou a sua vida inteira.
Certa noite num surto de loucura o maquinista abriu o pote com seu genitor, e na melancolia da noite ele ia se livrar dessa fatídica lembrança a enterrando para sempre; o que ele não esperava era que antes de se livrar do feto, ele reagisse a fumaça, tomou um susto, olhou pra garrafa de whisky que havia comprado pra uma bebedeira, tentando saber se havia bebido demais da conta causando lhe alucinações, mas a garrafa estava cheia. 

     Então o maquinista baforou sobre o feto, e de novo ele reagiu, o maquinista em prantos de felicidade disse baixinho:
- Pelo menos de toda essa desgraceira ainda consegui tirar algo de bom,o que matou tua mãe te trouxe a vida, e uma vida que nasce da morte, vive pra sempre. e disso nunca vamos esquecer, a partir de agora você será meu filho, meu pequenino, Little Derby.

    Todos os dias ele alimentava com baforadas o seu filho, que foi crescendo; ele ainda podia flutuar sobre a fumaça, dançava nas nuvens de fuligem que saia das fábricas e das locomotivas; seu pai vivia dizendo pra ele ter cuidado e não se machucar ou ser levado com o vento.
    
    Com nove anos, Little Derby conseguia transformar partes do corpo em gás; mais uma seu pai avisou pra ele ter cuidado e não se deixar ser inalado.
Aos quinze anos ele já se tornava um com a fumaça; seu pai orgulhoso vislumbrava esses milagres e apoiava seu filho. 

    Um dia o maquinista morreu, deixando seu filho sozinho no mundo, sem ninguém que soubesse de sua existência e segredos. Little Derby passou muitos meses triste e sem se alimentar, inanimado, um dia ele ouviu a voz de seu pai dizendo como a vida dele era uma eterna lembrança de seus pais. 
    Então pra não deixar a história dos seus pais sumir feito fumaça, ele fez da sua vida uma missão pra lembrar a memória de seus pais, começou a fazer traquinagens, pequenas e grandes; criou o habito de roubar sempre dois cigarros dos passageiros nas locomotivas - um pra ele e outro pro seu amado pai - ele causava incêndios nas fábricas onde as pessoas sofriam com a fumaça e fuligem; molhava os cigarros das crianças que roubavam pra experimentar; entre outras coisas mais.

    Por toda sua vida ele ressoou essa lenda, sempre falando o nome dos seus pais; imortalizando sua família.
Até hoje em dia quando se some algum cigarro das carteiras, ou quando alguém sem cigarro encontra um atras de suas orelhas, se fala no Little Derby, e falam de como uma desgraça que gerou a morte pode trazer a vida. 
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CINCO HISTORIETAS part II

A cidade onde era bonito ser bangela

prologue:

No sul de um país muito longínquo,
havia uma vila não muito conhecida.
Não muito fértil para arar a terra,
mas talvez a vila mais bela,
que já conheci nas minhas expedições.

12/04/1842

      Começo falando caro leitor, que não se trata da beleza que você está acostumado a ver por ai e admirar, não a beleza do corpo, não a beleza de um carro novo, falo da beleza que se vê e sente, quando um recém nascido sorri logo depois de adentrar a vida. 
     Talvez a beleza que eu vi até te assuste, pois nessa vila moravam as pessoas da etnia Mocassibia; e não se  sabe porque, mas, essas pessoas não desenvolvem seus dentes, mesmo na fase adulta. Apesar disso, suas gengivas nascem fortes e saudáveis, pois os alimentos de lá são únicos no mundo, e ricos em vitamina D. 
    Quando eu cheguei, tinha sido a primeira vez que eles tinham visto uma pessoa com dentes, eles não foram agressivos com  minha chegada, ate me deram um apelido, me chamaram de "kaiogho" - depois descobri que significava O homem com boca de javali - antes eles só haviam visto dentes nas feras que rodeavam sua vila, as que eles conseguiam caçar, tiravam as presas e usavam elas como utensílios - Ate tentaram negociar em arrancar os meus, mas troquei esse direito em troca de algumas especiarias.

23/02/1945

     Passado alguns anos, aprendi a língua nativa, a cultura, culinária, politica e tudo mais; de tudo que aprendi, o que mais me encantava eram as cerimônias semanais, eles a chamava de "o grande Uckbart" uma festa folclórica onde eles homenageavam os seus ancestrais pintando e enfeitando suas gengivas das mais variadas formas, cores vibrantes, cores fluorescentes, mascaras com dentes enormes, e ninguém gostava de usar o vermelho. 

31/03/1945

    Hoje o chefe da vila queria me propor algo em uma reunião não-oficial, ele queria que eu me casasse com uma de suas filhas - a mais nova -  até hoje não aprendi a pronunciar seu nome, então chamei ela de Banguelina, de fato a moça mais bonita da vila - fiquei tentado a aceitar - porém levando em consideração a seriedade da proposta perguntei ao chefe se ele gostaria de ter um neto com dentes; eu falei sobre minha terra, amada Inglaterra, onde sempre fomos discriminados pelos nossos dentes feios e tortos, o chefe deu uma risada e me disse:

- A vila está cansada de comer papa de manga, está cansada de precisar matar as feras pra fazer subbarus*
e meu jovem, sempre haverá aqueles que critica o homem, mata o homem, faz o homem sofrer sem conhecer, matam o seu coração, julgam e excluem as pessoas. Nós já fomos um império antes de sermos essa pequena vila mas, por algum motivo, os nossos ancestrais foram amaldiçoados com essa condição... 
- Eles viviam pela vaidade e foram castigados, durante séculos aprendemos a nos respeitar, rir da desgraça, e ver a beleza naquilo que temos e não no que não temos, usamos a nossa deficiência como nossa arma de sedução e sobrevivência,  por que a única pessoa a quem devemos seduzir é a vida, essa sim é ardilosa e perigosa. Meu povo um dia vai poder provar das especiarias que o senhor nos trouxe sem precisar se sentir envergonhado, peço humildemente que o senhor nos dê filhos como você; como o nosso KAIOGHO, o javali que vai salvar o mundo.

    Depois disso eu não tive como negar o direito da duvida a este homem de sabedoria. Me senti inútil por ter vivido até agora com o peso da feiura nas minhas costas sem saber que ela não existia, apenas projeções que a sociedade coloca na nossa cabeça, a sabedoria daquele homem mudou  a maneira como enxergo a beleza das coisas, pessoas são sobretudo pessoas, independente de sua aparência, de sua cultura, etnia, deficiências ou algo mais.

 04/12/1850 closure

Até hoje sinto saudades daquela vila 
foi uma das maiores aventuras da minha longa vida 
antes da minha jornada acabar
espero encontrar os kaioghos 
que deixei por lá pra a terra fertilizar.



*subbarus = utensílios que lembram facas e garfos
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CINCO HISTORIETAS part I

Amores do Banco da CAIXA




       Como é incrível e mágico se apaixonar - mesmo que por cinco segundos numa fila de banco - sempre que eu ia pagar minhas contas no banco eu encontrava o meu crush. e foi assim que me apaixonei por Roberto Orlando de Paula, ele não me disse seu nome, eu que olhei uma vez quando ele assinava um cheque - eu pegava todos envelopes que ele jogava no lixo btw -.

Mas quem é Roberto? porque toda essa paixão por ele? Pois bem amigos... Ele não é desses caras que qualquer um só de ver ia perder o fôlego - apenas comigo isso rola

Roberto tem 35 anos, 1,79, robusto, barbudo, alguns cabelos grisalhos, sempre com uma camisa de botão listrada e calças jeans, suspeito que ele tenha um filho, pois toda quarta-feira na primeira semana de todo mês ao meio dia ele deposita um cheque com a mesma quantia - pensão eu acho rs -. Ele tem uma voz de locutor, fala com a marra de um taxista, e usa aliança... Por isso nunca falei com ele... Mas um dia Roberto me viu olhando pra ele enquanto ele assinava um de seus cheques, ele me encarou por uns 20 segundos, morri de vergonha e sai correndo feito um louco, Corri pro  banheiro do shopping - o banco é anexado ao shopping - ele veio também, eu estava muito nervoso, não conseguia levantar a cabeça, ele usou o mictório, lavou as mãos, esperou o banheiro ficar vazio e me falou olhando no olho:
 - Olha jovem, eu sou divorciado, a anos, tenho uma filhinha que amo muito, e eu adoraria que ela te conhecesse, você é muito bonito e sempre te vejo me olhando, mas percebo sua timidez, então se quiser sair pra se conhecer; esse é meu número, me liga. - E me deu um envelope de cheque com o número dele e o seu nome.

 Agora com sua licença amigas que preciso me arrumar pois Roberto vem jantar na minha casa hoje :)
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quinta-feira, 7 de abril de 2016

O pequeno principe Crackudo


    Era uma vez num reino não muito distante,  um Pequeno Príncipe Crackudo.
ele morava num pequeno planetoide que existia na galaxia Debaixod'ponte, sua casa era tão pequena que mal cabia ele e seu pedaço de papelão que usava a noite pra se proteger do frio, e todos os dias o Principe Crackudo tinha que varrer as bitucas de cigarro que jogavam no seu planetoide.

   Certa vez, no seu pequeno planeta, uma flor com pedrinhas cresceu no meio das bitucas, as  pedrinhas que aquela flor produzia, chamavam se de crack, conhecidas pelo cheiro forte. O Pequeno Príncipe Crackudo ate então não sabia que haverá de encontrar o vício que mudaria sua vida pra sempre, pra preencher o vazio de sua existência indigente e solitária, todos os dias ele cheirava as pedrinhas da flor, e se sentia alguém... não alguém que era ele, mas alguém que conseguia esquecer sua dor de morar num planetoide tão pequeno.

   Porém, um dia ele acordou e as pedrinhas haviam sumido junto com a flor, no horizonte do espaço ele viu que corvos haviam a levado.
o Pequeno Príncipe Crackudo então resolveu procurar sua flor através do cosmo, então ele subiu na traseira dos caminhões espaciais e viajou sem rumo.

   Descendo da traseira do caminhão que havia parado num planeta desconhecido, o Pequeno Príncipe começou sua saga em busca de sua amada flor, os habitantes desse planeta pareciam ser cordiais, e ofereçam ajuda ao Príncipe, lhe deram um trabalho de vendedor de pipoca de ônibus, ele só tinha que discursar como aqueles habitantes haviam ajudado ele e convencer os passageiros a colaborar com sua causa de ajuda. o planeta se chamava Egreja.
Ele conheceu vários lideres religiosos que tentaram mudar seus hábitos de vida, mas sua filosofia não o convenceu, o Pequeno Príncipe Crackudo não conseguia esquecer sua amada flor, então depois de vasculhar todo o planeta ele foi embora outra vez, ele ficou morando nesse planeta por dois anos....

    O segundo planeta se chamava Vizinhança,  era cheia de idosos nas calçadas e adolescentes nas praças, o pequeno príncipe ficou envergonhado quando chegou nesse planeta pois, sua aparência o destacava dos demais, e todos encaravam lhe com desprezo.
    Ate então o pequeno príncipe não sabia o que fazer nem como agir, foi quando a noite caiu e ele conheceu pessoas que lhe ofereceram um elixir chamado Cachaça, eles eram parecidos com o Pequeno Príncipe e por isso viviam escondidos nas sombras da noite, pareciam amigáveis, davam a Cachaça tanto como esmola quanto piada pessoal, pro pequeno príncipe ignorar esse preconceito que sofria dos vizinhos ele aceitou a oferta, porém o que ele não esperava era que a Cachaça trouxesse junto com entorpecer, viessem surtos psicóticos com ela.
    A Cachaça até o fazia lembrar da flor porem não era a mesma coisa... Era menos intensa.
Um dia o Príncipe foi visto falando sozinho,  gritando nas ruas em plena madrugada e depois mijando nas calçadas dos outros, o Pequeno Príncipe foi denunciado a polícia e ameaçado do  morte pelos filhos dos idosos,  então o Pequeno Príncipe precisou fugir pra o terceiro planeta...

   O terceiro planeta era gigante, cheio de gente alegre, divertida e que não julgavam o Pequeno Príncipe Crackudo, ele se chamava Raves and Clubs; nesse planeta o Pequeno Príncipe Crackudo ate encontrou algumas de suas pedrinhas, mas, não encontrou sua flor. Foi a primeira pista de por onde os corvos haviam passado com sua flor. Certo dia na rave, alguns camaradas deram ao príncipe doces e balas, candies de todas as cores, porem tinham gosto amargo. o Pequeno Príncipe sofreu uma overdose e precisou ser levado pra o planeta UTI onde ele foi diagnosticado como um viciado em estado critico, precisava começar o tratamento o quanto antes que sua vida fosse perdida.
   Depois de passar pelos procedimentos médicos, ele foi levado pro planeta Reabilitação, lá o pequeno príncipe foi deixado por dez anos, ele não tinha família, nunca recebeu visita, seus cuidadores eram ríspidos, não havia ninguém que soubesse seu nome, ele podia ser ele mesmo, sem rótulos... Ele lembrou da infância, da sua jornada, de cada planeta, de como sua mente havia expandido depois que saiu do seu planetoide, por fim, na vida Ele ficou limpo e finalmente resolveu sair da reabilitação. Quando saiu, o pequeno príncipe havia atingindo um grau de sabedoria e paz onde nada do que aqueles que lhe fizeram mal em outros planetas podia lhe atingir, ele estava neutro a condição de seu karma.
Ele mudou de endereço, criou o habito de andar solto pelas ruas, sentindo o vento, calado, não falava com ninguém, andava de manhã ate de noite, nunca mais abaixou a cabeça... Um dia ele viu os corvos, e quase que como uma resposta automática do seu corpo, ele perguntou a eles afinal onde deixaram a sua flor,  eles disseram que o pequeno príncipe já sabia, pois foi ele quem pediu pros corvos levarem sua flor,  em lagrimas o Pequeno Príncipe continuou sua caminhada...A flor até hoje repousa intocável...  no planeta Esquecimento. 
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Poesias de um amigo que foi embora morar numa caverna

30 - 05 - 2010
manhã 

mas esse eu não mostro a ela..morrerei de vergonha
Queria que tu fosse meus livros
Livros da minha vida
Aprender em ti o que quiser de ti
A historia da tua vida,
A geografia do teu corpo,
O português da tua boca,
A química dos teus beijos,
A física do atrito dos nossos corpos.
Quero ler em você,
Que me deseja, me deseje!
Primeiro me deseje,
Segundo me ame.
Quero aprender no teu corpo
Toda a matemática de tuas medidas,
Dos teus pés, do teu gosto.
Aprender sobre e cair no infinito,
Dos teus olhos, castanhos,escuros.
ai oh

Tarde

Acordei um dia em cima de uma nuvem.
Estranho,
O sol me queimava os olhos,
Foi quando que realmente me dei conta
Que estava em uma nuvem,
Olhei para baixo e tive medo de cair
Olhe para cima, mas, porque olhei para cima
Se não tinha pra onde ir?
Só sei que eu estava lá,
No quase, no entre, naquilo.
Preso em um pensamento onírico
Algo onírico ou horrendo?
Estou preso em segurança
Mas está preso no mesma.

Noite 

Eu vi uma esperança
Ela era meio estranha,
Verde e de formato bizarro.
Porque a esperança,
Se parece com folhas de arvores?
Vai ver que por conta dos pássaros
Que voam mas sempre descansam nelas
Coitadas das folhas e esperanças
Que vêem os pássaros voar
Mas não podem,
Folhas ficam amarelas, murchas e caem,
Já a esperança tem destino pior,
É esperar que algum outro bicho as coma.
quando terminar de ler, fale que eu mando o outro

madrugada 

a partir daqui, não mostrei pra ela
É como uma roda,
Que gira devagar.
Bem devagar
Uma monotonia quieta
Se por um momento
Paro de respirar
É porque me lembro de dias
Dias que talvez venham
Ou talvez não.
Sim, isso é quando penso,
Penso que me esqueces.
Quando penso que me lembras,
Ah, quando penso.
É como um balé de passarinhos,
Que fogem, voam e se esconde
Dentro e fora dos ninhos
Como o vento que varre as ruas,
Tira folhas e papeis do chão.
Vento que cresce, fica forte
Até se tornar um furacão.
E, sim! Sinto-me assim
Quando penso que me lembras
Acho que fica assim meu coração

Silencio

Todos os perfumes, peles, sorrisos
Com o que quero perfeito momento
Dia a pós dia, lhe amo, lhe desejo.
Te quero, realmente te quero.
Cuidar de ti, acalentar-te.
Teus perfumes, tua pele, teu sorriso
Não há preço que pague,
Nem tempo no mundo
Que não me faça querer,
Quero cuidar de ti,
Quando ninguém mais cuidar.
Quero beijar você,
Quero do mesmo modo te amar.
Poder te ver sorrir e dizer,
Eu te amo..


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